sábado, 30 de junho de 2012

Casa da Arrochella – Colheita melhor que o Reserva?

A consistência deste vinho é cada vez maior. A Casa da Arrochella tem também um Reserva que neste ano, e volto a dizer, a qualidade não se afasta deste colheita (e para mim até ficou melhor). Um vinho na casa dos 6€, um lote que me surpreendeu imenso. Eu não darei nenhuma nota quantitativa aos vinhos pois isso, neste blog, é o que menos interessa, mas sim o prazer e o aproveitar de uma oportunidade para comprar um vinho com pouco dinheiro.

Um excelente vinho, uma extraordinária relação qualidade/preço na região do Douro. E pelos vistos mostra uma consistência na sua apreciação. Poderão ver outras opiniões, como no blog Comer, Beber e Lazer, no João à Mesa ou então na Adega dos Leigos.

Um vinho que tem uma intensidade de aromas correctíssima mas não desordenada. Elegante, fino, fitness. Fruta vermelha, baunilha, resina e algum fumo. Bem, na boca isto ainda melhorou mais… Bons taninos, um final que não acaba e uma intensidade aromática excelente. Quero antes este que o Reserva! Tornou-se, o colheita, um vinho mais fresco, não tão pesado e sisudo… E fico com dinheiro para mais uma garrafa. E em tempos de crise, escolhe-se os Vinhos da Crise.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Batalha Naval no mercado dos vinhos?

A crise está a chegar onde nem o próprio limite conhece.

O que mais virá? Quem ficará de pé? Será que se pode dizer que quando caírem 20 existem outros 5 que irão subir ainda mais? O que irá mudar?

O mercado está cada vez mais incerto. Cada marca que entra na prateleira, em conquista dos consumidores, é um completo tiro no escuro, algo que se lança e não se sabe onde vai cair.

Meus senhores e minhas senhoras, penso que o mundo dos vinhos está a cair numa tremenda balbúrdia, um completa selva, onde o que mais importa é o preço e os descontos e, em parte, a qualidade que se lixe. Muitas vezes, recebo telefonemas de pessoas a pedir vinho e simplesmente querem é algo barato, depois barato e no fim, algo barato.

Acho que a crise e esta concorrência de preços, quase desleal (em muitos casos é), arruína o caminho regular do dito “sistema”. Assisto a uma realidade gravíssima, a desvalorização do produto. Nunca vi o vinho tão desvalorizado!

E depois ainda existe outro caso grave. As empresas que apenas produziam gamas de vinhos de alto preço, viram-se obrigadas a fabricar e criar marcas de preço mais reduzido, algumas delas especialmente feitas para cadeias de supermercados que espremem o produtor até ao tutano. Se já havia milhares de marcas de vinhos e a concorrência era forte e feia, assim, irá de mal a pior. Uma completa bola de neve!

O que acham deste assunto? Valerá apena continuar a pensar fazer novas marcas? Qual será uma possível solução? Comentem...

TONS DE DUORUM BRANCO / TINTO



Esta foi a última gama de vinhos que a empresa do Douro – Duorum – lançou para o mercado. João Portugal Ramos juntou-se a José Maria Soares Franco e realizaram esta nova gama de entrada da Duorum. O branco saiu na altura certa visto o portefólio de vinhos da empresa não comtemplar nenhum vinho branco, e o tinto ficou muito bem posicionado em relação a muitas outras marcas que acabam por ser mais caras e a qualidade fica um pouco abaixo relativamente a este tinto 2010.
O vinho Branco, este do ano de 2010, aguentou muito bem um ano em garrafa. Gabo-lhe a forte mineralidade ainda presente e os traços limonados e exóticos. Um vinho fácil de gostar, guloso e muito polivalente tanto para beber a solo como para acompanhar com alguma refeição não muito condimentada.  
Passando para o Tinto, de 2010, consegue mostrar muito bem o seu lado fresco, com fruta vermelha, leves traços fumados e um toque de baunilha. Demonstra alguma secura no paladar e uma acidez reconfortante e fresca. A barrica não incomodou em prova, quase nem se sentiu a sua presença. Os taninos ficaram polidos e suaves. Fácil e bom.
Recomendação: Vinhos da Crise